quinta-feira, 25 de junho de 2009

Vergonha! Vergonha! VASCO entrega Moraes na moleza para o Corinthians, através de empresário!


Vergonha! Vergonha! Vasco entrega Moraes na moleza para o Corinthians, através do empresário Carlos Leite!
Com pedidos antecipados de desculpas, por suposta irrelevância do tema, motivado pela passionalidade pelo clube, relato a questão seguinte.
Observo estarrecido, após leitura no jornal LANCE!, de hoje, que o jogador Moraes, patrimônio do Clube de Regatas Vasco da Gama, apesar de emprestado com valor de passe fixado em R$6,4 milhões, foi entregue ao Corinthians, através do empresário Carlos Leite (que se apresenta como autêntico vascaíno) por míseros R$3,5 milhões. Uma venda urdida, ao que nos é dado entender, “por debaixo dos panos”.
Não se trata de dinheiro público, mas prejuízo material e imaterial para um clube com patrimônio de milhões de torcedores, portanto, o presidente do Vasco, Sr. Deputado Estadual Roberto Dinamite, tem a obrigação de vir a público explicar direitinho essa negociação, o motivo de tamanho “desconto”, e tudo o mais mal explicado desde o empréstimo do jogador ao Corinthians, quando já se anunciava a ida do Vasco para a segunda divisão, no ano passado.
Alguém se recorda? Não ? Vamos lá, então. O Sr. Roberto Dinamite assumiu o clube com o time em 10º lugar no campeonato brasileiro, apesar do elenco modesto. Poucos destaques no time, dentre eles, o jovem Moraes que havia feito um bom campeonato brasileiro no ano anterior e despertado a cobiça de vários clubes no Brasil, dentre eles, o Corinthians, naquele ano também a caminho da segunda divisão, o que se configurou. A partir daí, alguns resultados ruins do time bastaram para que alguns torcedores (?), diante da passividade da nova Diretoria (leia-se Sr. Roberto Dinamite e companhia) e sobre os auspícios semeados por boa parte da imprensa esportiva de “novos ares democráticos em São Januário”, invadiram o gramado durante um treinamento dos jogadores e ameaçaram quem? Justamente o Moraes. Curioso, todos os demais cabeças-de-bagre do elenco foram perdoados, menos o Moraes. Bem, essa foi à deixa para que a Diretoria (leia-se Sr. Roberto Dinamite e companhia) efetuasse uma negociação excepcional, para o Corinthians. Mandaram para lá o único jogador do elenco que seria capaz de desequilibrar jogos a favor do Vasco em sua luta contra o rebaixamento, a valores e condições módicas para um atleta com seu currículo, ou seja, empréstimo até o final de junho de 2009 e R$ 50 mil reais por mês de aluguel.
Perguntas que não querem calar? Se a Diretoria considerou mesmo que uma dúzia de baderneiros tinham o direito de influir no futuro de um patrimônio do clube, e que apesar da mediocridade do resto do elenco (raras exceções) poderia dispor do jogador para “preservá-lo” e “valorizá-lo” no Corinthians, por qual motivo não o emprestaram simplesmente até o final de dezembro de 2008, fim da disputa da segunda divisão? Adotada essa precaução, o jogador voltaria valorizado ao clube em 1 de janeiro de 2009, não é verdade? Por qual motivo não procederam assim? Incompetência, negligência, omissão? Um pouco de cada um?
E o que dizer dos valores da transação estabelecidos para o empréstimo em R$ 600 mil reais para o período (um ano), equivalentes aos R$ 50 mil reais citados? Qual jogador o Vasco conseguiu contratar do quilate do Moraes, por esse valor? O time ficou, ou não ficou, mais enfraquecido no restante do ano? Isso contribuiu, ou não, para o rebaixamento do time para a segunda divisão?
E o pior ainda estava por vir, hoje está claro.
O Sr. Roberto Dinamite, no final de 2008, quando o rebaixamento era um fato, aceitou a indicação do presidente do Corinthians em entregar ao empresário Carlos Leite a missão de gerir as contratações de jogadores para reforçar o time, sob os argumentos de que o mesmo era vascaíno de coração e que participou ativamente na volta do time paulista à primeira divisão e que o clube estava de “pires na mão”. Reparem bem que a estreita ligação entre o empresário e o presidente do Corinthians já vem de longa data e, ao que consta, vários negócios.
Há vários dias se comenta sobre a compra em definitivo do jogador pelo Corinthians. A torcida vinha se manifestando de forma consolada pela possibilidade de que o dinheiro gerado pela venda do atleta servisse, ao menos, para aquisição de outro atleta do mesmo quilate, o que tenho dúvidas, pelo valor estabelecido (US$ 3 milhões), se seria possível. O que dizer agora, quando sem a menor explicação o valor é reduzido pela metade. Quem o Vasco vai contratar, do mesmo quilate, com essa “merreca”?
Bem, é tudo tão descarado, tão desprovido de cabimento, tão insólito, tão irresponsável, que me pergunto: o que pode ter mais por detrás de tudo isso?
Pensar sobre o assunto pode ensejar inquietações, uma vez que outras dúvidas podem ser linkadas à questão central e descortinar um cenário mais sombrio e ameaçador futuro para o clube. Por exemplo, alguém poderia, em sã consciência, explicar por qual motivo, apesar da contrariedade da comissão técnica e jogadores, o Vasco aceitou passivamente levar seu jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil com o Corinthians para o Maracanã, abrindo mão da vantagem de jogar no seu caldeirão de São Januário onde a pressão sobre o time visitante seria visivelmente superior? Para os que aceitaram a desculpa do Sr. Roberto Dinamite de que o clube obteria ganhos financeiros, contraponho que se chegasse às finais ganharia infinitamente mais. Para o outro argumento do mesmo senhor de que no Maracanã a torcida do Vasco teria mais conforto e chances de ver o jogo, contraponho que o clube tem uma torcida de milhões de pessoas, que da mesma forma, não caberiam no estádio. Portanto, argumentos pífios. E para concluir o raciocínio, por qual motivo o Sr. Roberto Dinamite não condicionou jogar no Maracanã desde que o Corinthians aceitasse, em contrapartida, não jogar no Pacaembu? Então o Pacaembu não é o caldeirão do Corinthians? Burrice, ingenuidade ou algo mais?
Alguém reparou que o time desandou após a eliminação da Copa do Brasil, apesar do enorme esforço dos jogadores? Repararam que todos eles foram unânimes ao afirmar que o Vasco não perdeu a classificação no jogo do Pacaembu e sim, no Maracanã? O Dorival está engasgado até hoje. Concordo plenamente.
Voltando aos links, não devemos desprezar no episódio acima, a também possível participação do empresário Carlos Leite fazendo o meio de campo para o presidente do Corinthians. Quer dizer: o empresário se diz vascaíno mas quem está se dando bem em cima do Vasco é seu amigo, presidente do Corinthians.
Falando agora no time atual do Vasco, alguém saberia dizer, com clareza quais são os jogadores do clube e quais os que têm vínculo com o empresário, ou seja, que podem sair a qualquer momento? E mais, alguém saberia dizer o que aconteceria com o Vasco se o empresário resolvesse abandonar o clube nesse momento, durante a competição? Qual seria o tamanho do rombo da debandada? Em que condições foram feitos os contratos vigentes dos atletas?
Como é, na verdade, o tal “Projeto VASCO” a que tanto se referem diretoria, comissão técnica e jogadores? Em que bases está calcado.
Enfim, a caravela está fazendo água. Esperamos tantos anos por transparência no clube e o que observamos em episódios como esse do Moraes é que a nova diretoria do Vasco está jogando para uma mídia, em geral, mais preocupada em execrar o ex-presidente do que ver o clube realmente voltar aos seus dias de glória.
A torcida (não os baderneiros), maior patrimônio do clube, merece respeito!
Se todos fizerem sua parte e não se omitirem, a realidade do Vasco, usado como exemplo no presente texto, e de tantos outros clubes no futebol brasileiro de hoje, pode (e deve) ser mudada.
O que gera oportunidades para proliferação de casos semelhantes ao citado são a OMISSÃO e a PASSIVIDADE em aceitar que tentem, a todo o momento, nos fazer de tolos!
Depende de nós!

Uma palavra de fé

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16