quinta-feira, 17 de setembro de 2009

FALA SENADOR! Parte II


Não querendo ser chato, nem tendencioso, muito menos omisso, a questão abordada em minha postagem anterior continua repercutindo nos veículos de comunicação, notadamente nos meios esportivos.
Lentamente, o tema construção de novas arenas (estádios) com vistas a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, vai ocupando as mídias esportivas, quase sempre associando o fato a supostas preocupações com acontecimentos nefastos do PAN 2007.
Os cronistas esportivos do jornal LANCE!, em especial, têm destacado o assunto com muita veemência ultimamente.
Na edição do dia 9 de setembro, o cronista José Luiz Portella comentou: “.....Somos – me engana que eu gosto – o país da retórica. Da oratória bonita que prevalece sobre a ação prática. Acreditamos que os estádios da Copa não teriam dinheiro público. Isso deu à CBF o direito de montar um comitê organizador sem gente de fora e sem auditoria pública. Agora a sociedade aceita que já não há jeito: precisa-se de dinheiro público. Coitadinhos! Alguém acredita que a organização do Rio-2016 vai se dar de forma diferente do PAN? Importantes empresários cariocas que dão dinheiro para organização sem contrapartida na governança estão fazendo o quê? É carnaval. Não importa quem é você. Amanhã, tudo volta ao normal.”
Já na edição do dia 12 de setembro, André Kfouri, no mesmo jornal, opinou: “Está míope quem vê a questão Morumbi/Copa-2014 como um embate clubístico. O mesmo vale para quem acha que uma opinião a favor da reforma do estádio do São Paulo, com vistas ao Mundial, é coisa de são-paulino. Convém tentar, pelo menos, entender o que se passa. O processo passa pela seguinte pergunta: quais são, e que forças têm, os interesses que seriam contemplados com a construção de um novo estádio de futebol em São Paulo? Se forem muitos (e são), e poderosos (o que você acha?), um novo estádio será construído, e o São Paulo ficará olhando. Uma outra pergunta parece só interessar aos chatos que se preocupam com ética, lisura nos gastos públicos, e lembram da festa do PAN 2007: faz sentido construir (sabemos como, e a que preço) mais um estádio para a cidade? Assim como em relação às sedes, nada é técnico nesse tema.”
Notaram o que as duas crônicas têm em comum? Bingo! As duas se reportam ao PAN 2007 como um território vexatório. E nada acontece para que se investigue e sejam punidos os responsáveis!
E assim, de canalhices em canalhices, vamos vivendo. A ponto de como já foi previsto tempos atrás, hoje o cidadão de bem se sentir envergonhado de ser honesto.

domingo, 30 de agosto de 2009

FALA SENADOR!


Olá, sinto muitas saudades de ultimamente não ter estado junto a vocês no COTIDIANO. Muito trabalho e muitas obrigações nos últimos 25 dias me impuseram um afastamento forçado.
Ainda não é a maneira de voltar que pretendo, em futuro próximo, com mais assiduidade, como a forma de comunicação se propõe.
Por enquanto estou passando para dizer que, com a ajuda da Leila e do Willer, e agora, também, com a colaboração do dsigner Rafael Roccella, estarei repaginando o blog.
Por ora, não posso deixar de comentar uma matéria publicada no jornal LANCE! de hoje, “Uma Copa limpa”, escrita pelo Senador Alvaro Dias, 1º vice-líder do PSDB.
A referida matéria aborda o tema dos obstáculos para viabilização da Copa do Mundo no Brasil, em 2014.
O curioso é que falando sobre futebol, o Senador acaba indo ao encontro da postagem que fiz neste blog em 20 de Junho de 2009, intitulada “Olimpíadas Rio 2016. Para alegria de quem? (veja ao lado em Arquivos do COTIDIANO)
Naquela oportunidade o tema central da postagem foi a divulgação de relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) apontando denúncia de superfaturamento na contratação de serviços para realização do PAN 2007, no Rio de Janeiro.
Pois bem, ao manifestar sua preocupação com a declaração do presidente da CBF de que 9 das 12 arenas (estádios) que serão utilizadas no Mundial deverão recorrer aos cofres públicos para pagar suas reformas, declarou: ”Nesse contexto, os precedentes inspiram cuidados. O itinerário tortuoso percorrido ao longo da preparação dos Jogos Pan-Americanos foi marcado por orçamentos irreais, contratos aditivos nebulosos e pouca transparência. Os rastros de suspeição dessa trajetória são indeléveis e não podem ser reproduzidos sob pena de macular o acontecimento”.
Como é que é? Os rastros de suspeição não podem macular o acontecimento Copa do Mundo 2014?
Vocês não acham que com suas palavras o Senador acaba de macular de vez o PAN 2007?
Que informações ele possui que possam ajudar a sociedade a esclarecer os acontecimentos?
Está lançada a campanha “FALA SENADOR”.
Conte tudo que sabe Senador, não nos esconda nadica de nada. Preste um serviço à nação e contribua para limpar um pouco a barra de seus pares no Senado. Poupe-nos, como o senhor mesmo insinua, de um novo vexame na organização da Copa do Mundo 2014.

domingo, 2 de agosto de 2009

SABEDORIA !




Receita de Dona Cacilda (*)



Dona Cacilda é uma senhora de 92 anos, miúda, e tão elegante, que todo dia às 08 da manhã ela já está toda vestida, bem penteada e discretamente maquiada, apesar de sua pouca visão. E hoje ela se mudou para uma casa de repouso: o marido, com quem ela viveu 70 anos, morreu recentemente, e não havia outra solução. Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando a atendente veio dizer que seu quarto estava pronto. Enquanto ela manobrava o andador em direção ao elevador, dei uma descrição do seu minúsculo quartinho, inclusive das cortinas floridas que enfeitavam a janela. Ela me interrompeu com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho.

- Ah, eu adoro essas cortinas... - Dona Cacilda, a senhora ainda nem viu seu quarto... Espera um pouco...

- Isto não tem nada a ver, ela respondeu, felicidade é algo que você decide por princípio. Se eu vou gostar ou não do meu quarto, não depende de como a mobília vai estar arrumada... Vai depender de como eu preparo minha expectativa. E eu já decidi que vou adorar. É uma decisão que tomo todo dia quando acordo. Sabe, eu posso passar o dia inteiro na cama, contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem... Ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.

- Simples assim?



- Nem tanto; isto é para quem tem autocontrole e exigiu de mim um certo 'treino' pelos anos a fora, mas é bom saber que ainda posso dirigir meus pensamentos e escolher, em consequência, os sentimentos.



Calmamente ela continuou:



- Cada dia é um presente, e enquanto meus olhos se abrirem, vou focalizar o novo dia, mas também as lembranças alegres que eu guardei para esta época da vida. A velhice é como uma conta bancária: você só retira aquilo que guardou. Então, meu conselho para você é depositar um monte de alegrias e felicidades na sua Conta de Lembranças. E, aliás, obrigada por este seu depósito no meu Banco de Lembranças. Como você vê, eu ainda continuo depositando e acredito que, por mais complexa que seja a vida, sábio é quem a simplifica.



Depois me pediu para anotar:



COMO MANTER-SE JOVEM!



1. Deixe fora os números que não são ESSENCIAIS. Isto inclui a idade,o peso e a altura. Deixe que os médicos se preocupem com isso;



2. Mantenha só os amigos DIVERTIDOS. Os depressivos puxam para baixo; (Lembre-se disto se for um desses depressivos!)



3. Aprenda sempre: APRENDA mais sobre computadores, artes, jardinagem, o que quer que seja. Não deixe que o cérebro se torne preguiçoso. 'Uma mente preguiçosa é oficina do Alemão.' E o nome do Alemão é Alzheimer!;



4. Aprecie mais as PEQUENAS COISAS;


5. Ria muitas vezes, durante muito tempo e alto. RIA até lhe faltar o ar. E se tiver um amigo que o faça rir, passe muito e muito tempo com ele ou ela!

6. Quando as lágrimas aparecerem, aguente, sofra e ULTRAPASSE. A única pessoa que fica conosco toda a nossa vida somos nós próprios. VIVA enquanto estiver vivo;



7. Rodeie-se das COISAS QUE AMA, quer seja a família, animais, plantas, hobbies, o que quer que seja. O seu lar é o seu REFÚGIO;



8. Tome cuidado com a sua SAÚDE. Se é boa, mantenha-a. Se é instável, melhore-a. Se não consegue melhorá-la , procure ajuda;



9. Não faça viagens de culpa. Faça uma viagem ao centro comercial, até a um país diferente, mas NÃO para onde haja CULPA;



10. Diga às pessoas que ama que as ama a cada OPORTUNIDADE.

”Nada vale a pena se não tocarmos o coração das pessoas!”
(* contribuição da Amiga DORA LUCIA ALCANTARA)

terça-feira, 28 de julho de 2009

O desenvolvimento através da integração regional.



A Região Sudeste é a região geoeconômica mais importante do País, onde estão concentrados cerca de 2/3 do PIB nacional. É um dos principais portões de entrada do Brasil e está estrategicamente bem localizada em relação ao MERCOSUL.
A região do Médio Paraíba, no sul do Estado do Rio de Janeiro, faz divisa com a Região Centro-Sul Fluminense, Região Metropolitana, Região da Baía da Ilha Grande, com limites com o sul do Estado de Minas Gerais e o norte do Estado de São Paulo. É formada por 12 municípios: Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro, Rio das Flores, Valença e Volta Redonda. Seu território compreende 6.205,10 Km², abrigando uma população de cerca de 900 mil habitantes e um PIB de quase 18 bilhões de reais.
A privatização da Companhia Siderúrgica Nacional, em 1993, com milhares de demissões de trabalhadores e reflexos de redução da qualidade de vida em todo Médio Paraíba, aliada as graves e insolúveis questões sociais em que se defrontaram os municípios nos anos seguintes face a queda de suas receitas correntes e aumento de despesas com custeio de pessoal, foram sinais inequívocos de que o jogo da globalização precisava ser aprendido a ser jogado por aqueles que direta ou indiretamente detinham o poder de decidir o destino da população.
Diante do cenário referenciado, foi possível entender que o desenvolvimento exigia recursos acima dos disponíveis localmente, e que a competição pelos recursos requeria uma postura pró-ativa não só para atrair, como para reter e multiplicar investimentos. E isso impunha, sobretudo, necessidade de planejamento estratégico.
Nesse contexto, em meados de 1994, emergiu na região o conceito da “idéia-força” que se convencionou denominar de MERCOVALE, cujos princípios fundamentais foram:
. Envolver os setores da iniciativa privada, o poder público e a sociedade civil;
. Fortalecer a cidadania;
. Considerar contribuintes como consumidores;
. Maximizar benefícios sociais, e
. Promover a competitividade ordenada na região.
O maior obstáculo à implantação do MERCOVALE foi o da adoção da lógica do pensamento integrado pelos representantes dos poderes públicos, executivo e legislativo, das localidades. De fato, documentos comprovam que muita energia foi despendida pelos promotores da idéia, até que fosse alcançado um quorum significativo de prefeitos aliados, a fim de que fosse possível, a partir de 1999, iniciar a busca por parceiros na iniciativa privada, via Governo do Estado, o que, no entanto, lamentavelmente naquela época não logrou êxito.
Assim, em que pese o MERCOVALE nunca ter alcançado status diferente do que “idéia-força”, ou seja, nunca ter sido levado ao conhecimento da população, buscando sua efetiva participação no processo, o movimento contabilizou casos de sucesso como a movimentação pela implantação das fábricas da Volkswagen e da Peugeot na região. Esta última, ao que consta, por força da disputa travada por municípios para abrigar sua planta industrial chegou quase a ser construída no Paraná, em São José dos Pinhais, situada na Grande CURITIBA. Um documento produzido pelos incentivadores do MERCOVALE, subscrito por todos os Prefeitos da Região, pôs fim a disputa e colocou a Peugeot à vontade para decidir qual território seria mais adequado às suas pretensões, sendo escolhido pela empresa o município de Porto Real.
Historicamente, é possível definir o movimento em prol do MERCOVALE como uma experiência rica em acertos e erros, os quais não cabem aqui o presente destaque.
Importante ressaltar que a “idéia-força” ocupou um espaço importante de discussão sobre o desenvolvimento integrado e sustentável da região, partindo do exemplo de experiências bem-sucedidas em outras partes do mundo, em especial, na Alemanha. Trouxe à tona a postulação sobre a necessidade de se constituir um bloco econômico na região capaz de fazer frente aos efeitos perversos da globalização e, se não logrou êxito pleno, ao menos promoveu na agenda local a discussão de importantes questões como à necessidade de elaboração de um planejamento estratégico regional para identificação e ordenamento das vocações individuais dos municípios componentes do processo, bem como lançou as sementes da maximização do uso dos recursos públicos através da constituição de consórcios municipais para atendimento de problemas comuns como tratamento e destinação de resíduos sólidos, saúde, etc., hoje uma realidade.
Quinze anos após o lançamento do MERCOVALE, seus frutos continuam sendo colhidos.
Em Resende, a prefeitura local está articulando a constituição de um CONSÓRCIO INTERESTADUAL (RJ, SP e MG), com foco inicial na Cultura e Desenvolvimento, denominado de Projeto CERCANIAS.
Participam do projeto:
. Municípios do Sul Fluminense (RJ) – Resende, Barra Mansa, Porto Real, Quatis e Itatiaia;
. Municípios de São Paulo – Queluz, São José do Barreiro, Areias, Arapeí e Bananal;
. Municípios de Minas Gerais – Passa Quatro, Itamonte, Itanhandu, Bocaina de Minas e Passa Vinte.
Em Volta Redonda, no próximo dia 29 de julho (quarta-feira) será inaugurada a ADEMP – Agência de Desenvolvimento do Médio Paraíba, que tem como missão promover a união de instituições públicas e entidades de classe buscando iniciativas e projetos voltados para o desenvolvimento econômico e social da Região e como objetivos:
· Integrar as ações dos governos, das instituições e das empresas dos municípios da região;
· Potencializar recursos e esforços públicos e privados;
· Proporcionar o compartilhamento de resultados;
· Fortalecer a região (e a sua imagem) no cenário nacional e internacional, propiciando mais competitividade.
Desejo muitas realizações positivas para ambas as iniciativas. A região agradece e sua população merece.

A CHAVE DO SUCESSO É ATRAIR, RETER E MULTIPLICAR INVESTIMENTOS NA REGIÃO!

domingo, 19 de julho de 2009

Que país é esse? O país que valoriza os efeitos!


Estou de volta, para falar sobre um assunto que suscita inquietações nos brasileiros empenhados em descortinar a verdadeira identidade de nosso país, desde a célebre indagação formulada pelo poeta “Que país é esse?”, o nosso Brasil.
Muitas já foram às definições formuladas, e a impressão que temos é que muito ainda há de ser dito. Portanto, longe (muito longe) de tentar esgotar um assunto, apresento uma contribuição baseada simplesmente numa forma pessoal de olhar a questão.
Como consta no título, penso que o nosso Brasil é um país em que as pessoas e as instituições se preocupam muito mais com os EFEITOS do que com as verdadeiras CAUSAS dos nossos problemas, o que certamente não é privilégio só nosso, mundo afora.
Alguns exemplos para ilustrar minha convicção:
1º - Quando os governantes instalam em seus municípios uma série de terríveis quebra-molas (redutor de velocidade de veículos) nas ruas de suas cidades eles estão pensando na maneira mais prática e mais barata para diminuição do número de acidentes. A partir daí, lavam suas mãos e dormem o sono dos justos, na certeza de que cumpriram com sua missão, esquecendo-se que estão atuando nos EFEITOS gerados por um sistema composto por formas fracassadas de educação para o trânsito (embora exista muita verba federal reservada para isso), auto-escolas que despejam anualmente no mercado uma imensa legião de motoristas despreparados e fiscalização ineficiente do trânsito, em que pese o modismo do imenso aparato de câmeras de segurança (de custo-benefício baixíssimo por má utilização) e guardas de trânsito, presentes hoje na maioria de nossas cidades de porte médio, ou maior, estas sim, algumas das verdadeiras CAUSAS dos problemas no trânsito. Quem na verdade é punido por conta dessa forma de atuação? O bom motorista. Ou seja, agindo assim, o governante não distingue o bom do ruim, partindo do princípio que todos são farinha do mesmo saco. Como os bons motoristas (os sensatos que respeitam as leis de trânsito) fazem parte da imensa minoria, pagam juntos a conta do mal condutor.
Volta Redonda, cidade onde resido, é uma próspera cidade da Região do Sul Fluminense, no Estado do Rio de Janeiro, e como tal (a exemplo das outras cidades da Região) pródiga na existência de quebra-molas, de todos os tipos, desde o produzido com massa asfáltica (geralmente edificado em desacordo com as normas técnicas de construção), até os malditos tachões, duros e ao contrário do primeiro, inflexíveis a suspensão veículos. Aliás, de quem foi a infeliz idéia (disseminada pelo país afora) de utilização desses blocos de ferro como sinalização horizontal de trânsito? Bem, exemplificando o problema atentemos para uma rápida operação matemática. Suponhamos que um morador de Volta Redonda se locomova com seu veículo diariamente cruzando dois eixos da cidade. Suponhamos que, no referido trajeto diário, ele ultrapasse em seu caminho de ida e volta 10 (dez) quebra-molas, ou seja, ele terá transposto 20 (vinte) vezes por dia o obstáculo. Ao final do mês serão 600 (seiscentos) obstáculos transpostos e ao final ao ano 7200 (sete mil e duzentos). Haja dinheiro para ser gasto na manutenção dos veículos.
Apenas para descontrair um pouco, reza a lenda que um ex-prefeito da cidade, apaixonou-se por quebra-molas a tal ponto que infestou a cidade com eles. Dizem que ficava o dia inteiro estudando locais para instalá-los. Certo dia, ao chegar em seu Gabinete pela manhã para trabalhar apresentava o semblante sério e um curativo no queixo. As más línguas disseram, e as boas confirmaram, que ele teria sido vítima de um tombo no banheiro de sua residência motivado por um......quebra-molas. Fala sério!


2º - A questão das cotas étnicas é um tema recente, de forte impacto social, que suscita acaloradas discussões entre os que as defendem e os que lhes são contrários, colocando-a em destaque na agenda nacional.
O modelo adotado no país para implantação de um sistema de cotas foi projetado sobre premissas questionáveis e em desuso até mesmo em sua origem. Fundamenta-se em uma política oportunista - face aos compromissos internacionais assumidos em Durban - e populista que pretende inserir, sem o devido preparo acadêmico, negros e pardos nas universidades. É nitidamente excludente, na medida em que os brancos pobres não são atingidos pela ação. Portanto, a ação afirmativa proposta tem um vício na origem, quando exclui e segrega racialmente, desviando o foco da questão fundamental: educação de qualidade ao alcance de todos.
Impossível se supor ensino de qualidade sem estruturação acadêmica nos vários níveis de ensino, do fundamental ao universitário, passando pelo mais grave entrave de acesso às pessoas carentes, ensino público médio de qualidade disponível para todos, sem exceções. Tal constatação nos remete a necessidade de revisão das políticas adotadas até o momento, focadas nos EFEITOS e não nas CAUSAS reais do problema. Adotar como ação afirmativa a inclusão de negros nas universidades baseado em um sistema de cotas é lidar com os EFEITOS do problema. Investir em ensino público de qualidade, em todos os níveis, é lidar com as verdadeiras CAUSAS do problema. Enquanto não houver vagas para todos, desprezar o critério de mérito acadêmico é jogar no lixo a preocupação indispensável com a qualidade do ensino.
Assim, depreendo que o maior óbice para a implantação de uma política pública educacional de caráter includente reside no fator vontade política. Sem ela, quem decide continuará instalado na zona de conforto que é manter as coisas como estão e vez por outra apresentar um projeto clientelista, sobretudo, nos momentos eleitorais. O argumento da escassez de recursos necessários pode ser substituído por um melhor planejamento do gasto sob a lógica do fazer mais com menos. Como sabemos que a implantação de um modelo focado nas CAUSAS do problema, com objetivos, prazos, metas e indicadores de resultados é algo que demanda tempo razoável do planejamento até a efetiva implantação, paliativamente e temporariamente, até os programas criados deslancharem, poder-se-ia pensar em alternativas como subsídios para a oferta de cursos pré-universitários gratuitos para a população que não pode pagar “cursinhos” ou, até mesmo, aumento da oferta de bolsas de estudo para negros em instituições particulares de ensino, via PROUNI.
Sabemos que uma política educacional formulada com os princípios da qualidade, em todos os níveis, por si não será suficientemente capaz de resolver todos os males do país, mas não tenho dúvida alguma de que se trata do melhor dos começos.

E tantos outros exemplos que podemos relatar, não é verdade? Você leitor, remeta sua sugestão em complemento ao presente texto.

Atuar em CAUSAS dá trabalho, mas COMPENSA!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Salmo 23 - Para afastar as aflições do espírito e conquistar um coração mais puro.



Salmo 23

Para os que conhecem, fechem os olhos e declarem mentalmente.

Para os que não conhecem, leiam calmamente, meditando com intensidade e respeito.
Ele nos fala sobre fé, mansidão, refrigério, justiça, segurança, perdão, bondade, misericórdia e alcance do reino de DEUS:


1 O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.

2 Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranqüilas.

3 Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.

4 Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.

5 Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda.

6 Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias.


Para todos os AMIGOS, para Ângela Acácia de Morais e todos que (como ela) hoje estão celebrando, sob as Graças de DEUS, a VIDA!




quinta-feira, 25 de junho de 2009

Vergonha! Vergonha! VASCO entrega Moraes na moleza para o Corinthians, através de empresário!


Vergonha! Vergonha! Vasco entrega Moraes na moleza para o Corinthians, através do empresário Carlos Leite!
Com pedidos antecipados de desculpas, por suposta irrelevância do tema, motivado pela passionalidade pelo clube, relato a questão seguinte.
Observo estarrecido, após leitura no jornal LANCE!, de hoje, que o jogador Moraes, patrimônio do Clube de Regatas Vasco da Gama, apesar de emprestado com valor de passe fixado em R$6,4 milhões, foi entregue ao Corinthians, através do empresário Carlos Leite (que se apresenta como autêntico vascaíno) por míseros R$3,5 milhões. Uma venda urdida, ao que nos é dado entender, “por debaixo dos panos”.
Não se trata de dinheiro público, mas prejuízo material e imaterial para um clube com patrimônio de milhões de torcedores, portanto, o presidente do Vasco, Sr. Deputado Estadual Roberto Dinamite, tem a obrigação de vir a público explicar direitinho essa negociação, o motivo de tamanho “desconto”, e tudo o mais mal explicado desde o empréstimo do jogador ao Corinthians, quando já se anunciava a ida do Vasco para a segunda divisão, no ano passado.
Alguém se recorda? Não ? Vamos lá, então. O Sr. Roberto Dinamite assumiu o clube com o time em 10º lugar no campeonato brasileiro, apesar do elenco modesto. Poucos destaques no time, dentre eles, o jovem Moraes que havia feito um bom campeonato brasileiro no ano anterior e despertado a cobiça de vários clubes no Brasil, dentre eles, o Corinthians, naquele ano também a caminho da segunda divisão, o que se configurou. A partir daí, alguns resultados ruins do time bastaram para que alguns torcedores (?), diante da passividade da nova Diretoria (leia-se Sr. Roberto Dinamite e companhia) e sobre os auspícios semeados por boa parte da imprensa esportiva de “novos ares democráticos em São Januário”, invadiram o gramado durante um treinamento dos jogadores e ameaçaram quem? Justamente o Moraes. Curioso, todos os demais cabeças-de-bagre do elenco foram perdoados, menos o Moraes. Bem, essa foi à deixa para que a Diretoria (leia-se Sr. Roberto Dinamite e companhia) efetuasse uma negociação excepcional, para o Corinthians. Mandaram para lá o único jogador do elenco que seria capaz de desequilibrar jogos a favor do Vasco em sua luta contra o rebaixamento, a valores e condições módicas para um atleta com seu currículo, ou seja, empréstimo até o final de junho de 2009 e R$ 50 mil reais por mês de aluguel.
Perguntas que não querem calar? Se a Diretoria considerou mesmo que uma dúzia de baderneiros tinham o direito de influir no futuro de um patrimônio do clube, e que apesar da mediocridade do resto do elenco (raras exceções) poderia dispor do jogador para “preservá-lo” e “valorizá-lo” no Corinthians, por qual motivo não o emprestaram simplesmente até o final de dezembro de 2008, fim da disputa da segunda divisão? Adotada essa precaução, o jogador voltaria valorizado ao clube em 1 de janeiro de 2009, não é verdade? Por qual motivo não procederam assim? Incompetência, negligência, omissão? Um pouco de cada um?
E o que dizer dos valores da transação estabelecidos para o empréstimo em R$ 600 mil reais para o período (um ano), equivalentes aos R$ 50 mil reais citados? Qual jogador o Vasco conseguiu contratar do quilate do Moraes, por esse valor? O time ficou, ou não ficou, mais enfraquecido no restante do ano? Isso contribuiu, ou não, para o rebaixamento do time para a segunda divisão?
E o pior ainda estava por vir, hoje está claro.
O Sr. Roberto Dinamite, no final de 2008, quando o rebaixamento era um fato, aceitou a indicação do presidente do Corinthians em entregar ao empresário Carlos Leite a missão de gerir as contratações de jogadores para reforçar o time, sob os argumentos de que o mesmo era vascaíno de coração e que participou ativamente na volta do time paulista à primeira divisão e que o clube estava de “pires na mão”. Reparem bem que a estreita ligação entre o empresário e o presidente do Corinthians já vem de longa data e, ao que consta, vários negócios.
Há vários dias se comenta sobre a compra em definitivo do jogador pelo Corinthians. A torcida vinha se manifestando de forma consolada pela possibilidade de que o dinheiro gerado pela venda do atleta servisse, ao menos, para aquisição de outro atleta do mesmo quilate, o que tenho dúvidas, pelo valor estabelecido (US$ 3 milhões), se seria possível. O que dizer agora, quando sem a menor explicação o valor é reduzido pela metade. Quem o Vasco vai contratar, do mesmo quilate, com essa “merreca”?
Bem, é tudo tão descarado, tão desprovido de cabimento, tão insólito, tão irresponsável, que me pergunto: o que pode ter mais por detrás de tudo isso?
Pensar sobre o assunto pode ensejar inquietações, uma vez que outras dúvidas podem ser linkadas à questão central e descortinar um cenário mais sombrio e ameaçador futuro para o clube. Por exemplo, alguém poderia, em sã consciência, explicar por qual motivo, apesar da contrariedade da comissão técnica e jogadores, o Vasco aceitou passivamente levar seu jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil com o Corinthians para o Maracanã, abrindo mão da vantagem de jogar no seu caldeirão de São Januário onde a pressão sobre o time visitante seria visivelmente superior? Para os que aceitaram a desculpa do Sr. Roberto Dinamite de que o clube obteria ganhos financeiros, contraponho que se chegasse às finais ganharia infinitamente mais. Para o outro argumento do mesmo senhor de que no Maracanã a torcida do Vasco teria mais conforto e chances de ver o jogo, contraponho que o clube tem uma torcida de milhões de pessoas, que da mesma forma, não caberiam no estádio. Portanto, argumentos pífios. E para concluir o raciocínio, por qual motivo o Sr. Roberto Dinamite não condicionou jogar no Maracanã desde que o Corinthians aceitasse, em contrapartida, não jogar no Pacaembu? Então o Pacaembu não é o caldeirão do Corinthians? Burrice, ingenuidade ou algo mais?
Alguém reparou que o time desandou após a eliminação da Copa do Brasil, apesar do enorme esforço dos jogadores? Repararam que todos eles foram unânimes ao afirmar que o Vasco não perdeu a classificação no jogo do Pacaembu e sim, no Maracanã? O Dorival está engasgado até hoje. Concordo plenamente.
Voltando aos links, não devemos desprezar no episódio acima, a também possível participação do empresário Carlos Leite fazendo o meio de campo para o presidente do Corinthians. Quer dizer: o empresário se diz vascaíno mas quem está se dando bem em cima do Vasco é seu amigo, presidente do Corinthians.
Falando agora no time atual do Vasco, alguém saberia dizer, com clareza quais são os jogadores do clube e quais os que têm vínculo com o empresário, ou seja, que podem sair a qualquer momento? E mais, alguém saberia dizer o que aconteceria com o Vasco se o empresário resolvesse abandonar o clube nesse momento, durante a competição? Qual seria o tamanho do rombo da debandada? Em que condições foram feitos os contratos vigentes dos atletas?
Como é, na verdade, o tal “Projeto VASCO” a que tanto se referem diretoria, comissão técnica e jogadores? Em que bases está calcado.
Enfim, a caravela está fazendo água. Esperamos tantos anos por transparência no clube e o que observamos em episódios como esse do Moraes é que a nova diretoria do Vasco está jogando para uma mídia, em geral, mais preocupada em execrar o ex-presidente do que ver o clube realmente voltar aos seus dias de glória.
A torcida (não os baderneiros), maior patrimônio do clube, merece respeito!
Se todos fizerem sua parte e não se omitirem, a realidade do Vasco, usado como exemplo no presente texto, e de tantos outros clubes no futebol brasileiro de hoje, pode (e deve) ser mudada.
O que gera oportunidades para proliferação de casos semelhantes ao citado são a OMISSÃO e a PASSIVIDADE em aceitar que tentem, a todo o momento, nos fazer de tolos!
Depende de nós!

sábado, 20 de junho de 2009

Olimpíadas Rio-2016. Para alegria de quem?



Se a resposta for: do povo do Rio de Janeiro e do Brasil, aplaudamos. Porém, se for somente: dos políticos, membros de comitês, aspones e empresários, repudiemos.
Qual o motivo da indagação?
Voltemos ao início do ano de 2007. Enquanto na China, que se preparava para sua Olimpíada 2008, praticamente todas as obras do complexo esportivo já se encontravam prontas ou em fase final de execução, aqui no Brasil, prestes a realizar o Pan-Americano, quase tudo estava por terminar, ou iniciar. Outra disparidade notada entre os dois exemplos foi o fato de enquanto na China seu comitê olímpico havia liberado US$ 2 bilhões para a realização dos Jogos e eles consumiram apenas US$1,6 bilhão, destinando o saldo de US$400 milhões para manutenção das obras realizadas, até 2008, aqui no Brasil o custo estimado do Pan foi de US$ 400 milhões, e somente o Engenhão, estádio de futebol com estrutura olímpica, hoje administrado pelo Botafogo de Futebol e Regatas, projetado e orçado para custar cerca de R$ 160 milhões, ultrapassou ao final de sua construção R$ 360 milhões.
E daí? Podem perguntar os incautos. Bem, e daí que apesar da Câmara Municipal do Rio de Janeiro ter ao final dos jogos afirmado que iria investigar profundamente os gastos com o Pan, nada de prático aconteceu e, surpreendentemente, pelo alarde inicial, tudo foi devidamente engavetado.
Parecia que o caminho estaria livre para que tudo se repetisse na Rio-2016 (caso a cidade vença a disputa pela indicação para sede dos jogos), até que o Tribunal de Contas da União (TCU) no final da semana passada apresentou um relatório apontando irregularidades na contratação de serviços de hotelaria, durante o Pan, com um superfaturamento de quase dois milhões de reais.
A curiosidade, fica por conta do Ministério do Esporte ter se prontificado a rebater as acusações, dizendo que no ano passado o mesmo órgão aprovou as contas do empreendimento. Ora, o Ministério deveria ser o primeiro a dar o exemplo e admitir que sob o princípio da transparência na gestão dos recursos públicos, nunca é demais zelar pela correta utilização dos mesmos. No entanto, está esperneando. Talvez porque o TCU esteja solicitando aos responsáveis pelo superfaturamento, membros da secretaria executiva do comitê organizador do Pan no Ministério do Esporte e do Consórcio Interamericano liderado pela empresa JZ Engenharia, o ressarcimento do valor corrigido, equivalente a quase três milhões de reais. O secretário executivo do Comitê de Gestão das Ações Governamentais nos Jogos Pan-Americanos de 2007, um dos citados no processo, coincidentemente (ou não) ocupa cargo similar na candidatura do Rio de Janeiro para as Olimpíadas de 2016.
Ou seja, aparentemente os organizadores estão considerando o Pan 2007 como um caso de sucesso, repetindo a mesma estrutura de comitê organizador para a candidatura olímpica.
Mas, sucesso de quem?
Basta dar uma olhada nos jornais do segundo semestre de 2006, ano que antecedeu o Pan, e no primeiro semestre de 2007, para relembrar o caos em que as coisas se encontravam. Alguém se lembra no que deu a convocação dos jovens em comunidades carentes para auxiliar nos jogos? E da soldagem dos arcos de estrutura metálica do Engenhão a toque de caixa? E as obras da vila hípica em Deodoro?
Enfim, um grande atropelo nos últimos meses que antecederam os jogos, o que sem sombra de dúvidas favoreceu muitos aditivos de contrato de prestação de serviços, fazendo com que os custos das obras extrapolassem em muito os orçamentos iniciais.
Será que o Ministério do Esporte imagina mesmo que somos todos tão tolos que não conseguimos enxergar um palmo diante de nosso nariz?
Não venham, portanto, avocar sucesso para algo que passou longe disso no que concerne a eficiência e eficácia na realização das obras, bem como na transparência na prestação de contas à sociedade.
Sucesso mesmo ficou restrito ao mercado imobiliário que se beneficiou da venda, antes dos Jogos, do condomínio de luxo da Vila do Pan, constituído de 17 prédios. Mesmo nesse exemplo, temos que destacar que as obras de urbanização ficaram paradas por vários meses, a espera entre o entendimento da Prefeitura e a construtora sobre a responsabilidade das obras, o que só logrou êxito após o Governo Federal intervir com ajuda financeira.
Voltando a candidatura Rio-2016, nesta semana Governador e Prefeito do RJ e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro estiveram em Lausanne, na sede do Comitê Olímpico Internacional (COI), na Suíça, apresentando a candidatura do Rio à sede dos Jogos. Os representantes das cidades de Chicago, Madri e Tóquio, nossos concorrentes, também lá estiveram para suas apresentações.
Em que pesem os bons argumentos de nossa candidatura, ou seja, a possibilidade de transformar o Brasil, a união dos três níveis de governo, além da oferta de um novo continente – a América do Sul – ao Movimento Olímpico, penso que sejamos a zebra da disputa. Fundamento minha opinião, primeiramente, pela observação da realização da Copa do Mundo de Futebol 2014, no Brasil, o que tornará muito difícil uma cidade brasileira abrigar outro evento internacional dois anos após. Depois, cumpre destacar que, ao contrário da FIFA, que realmente vem dando exemplo com a realização da Copa 2010 na África do Sul de que o esporte deve promover integração dos povos e desenvolvimento para o país sede, o COI costuma ser o oposto, apostando tradicionalmente na realização dos Jogos em países já desenvolvidos, economicamente falando. Assim, excluída Chicago da disputa pelo não apoio do Governo americano, face a crise instalada no país, sobrariam na disputa as cidades de Madri e Tóquio. Penso que dentre as duas, Madri seja a que tenha mais possibilidades de ser vitoriosa por vários motivos. Um, em especial, é que a cidade se preparou e aguarda ansiosamente há vários anos para mostrar ao mundo que também pode realizar o que Barcelona já realizou em 1992, uma grande Olimpíada.
Tomara que minha previsão em relação à candidatura do Rio não se concretize, e vençamos a disputa, apesar dos fatos que mencionei. Embora viva há mais de 20 anos na Região do Sul Fluminense, no Estado do Rio de Janeiro, nasci na Cidade Maravilhosa, apesar de tudo, uma das mais belas do mundo. Em outubro saberemos qual será a sede dos Jogos 2016.
No entanto, que tudo seja feito às claras. Nada de falcatruas, de raposas tomando conta do galinheiro! Nada de atraso nas obras, nem de contratação de obras e serviços de forma irregular.
Como já diz o ditado consagrado, QUEM NÃO DEVE, NÃO TEME!
Se não há o que temer, o Ministro do Esporte poderia dar uma bela contribuição de transparência e cidadania, instaurando, por exemplo, um Fórum de acompanhamento das decisões e ações emanadas pelo suposto comitê organizador dos Jogos, com representantes da sociedade civil indicados pelos critérios competência e envolvimento com a questão (em todos os níveis), selecionados por votação da população de todo país, é claro. Não existe a menor dificuldade para tanto. Basta querer, ter vontade política de fazer. Campanhas bem feitas como as do BBB estão aí para provar que o brasileiro gosta de participar das decisões.
E, convenhamos, não estamos falando da premiação de um milhão de reais para o vencedor. Estamos falando de bilhões de reais em investimentos para a cidade do Rio de Janeiro.
UM LEGADO PARA AS GERAÇÕES FUTURAS!

domingo, 31 de maio de 2009

Autoridades competentes?....Nem tanto!



Nos últimos dias os noticiários dos telejornais e páginas principais dos provedores do país focaram em notícias que tinham um ponto em comum, ou seja, a negligência, omissão e/ou incompetência das Autoridades constituídas.
Refiro-me ao caso do jovem embriagado, deputado federal, que em Curitiba vitimou pessoas no trânsito e deu origem, no domingo passado, a uma grande passeata com posição contrária às regalias de sua imunidade parlamentar, impedimento para que se faça justiça no caso.
Refiro-me, também, ao acidente de avião que vitimou mais de uma dezena de pessoas, inclusive crianças. As autoridades dizem que a “caixa preta” será analisada e o resultado das investigações quanto à causa do acidente será obtido em 60 dias. Alguém acredita nisso? Quem se recorda de acidente semelhante ocorrido há alguns meses atrás em que um bimotor conduzia maior quantidade de passageiros e carga do que o permitido, e o piloto ao tentar aterrissar matou todos? Alguém sabe o resultado das investigações? E, por falar em desastre aéreos, como anda o processo relativo à tragédia que os pilotos americanos do Jato Legacy provocaram no avião da GOL que vitimou 154 pessoas?
Talvez nosso COTIDIANO não nos permita dedicar tempo para refletir sobre tais acontecimentos após tomarmos conhecimentos delas através dos usuais 5 dias de sensacionalismo da imprensa. Talvez isso aconteça porque não tenhamos nenhum ente querido contido na lista de óbitos das tragédias.
O que importa, na verdade, é que as Autoridades constituídas sejam realmente competentes, no que é de seu âmbito de atuação. Começar por agir preventivamente seria um excelente começo. Como? Valendo-se do poder de polícia que as atividades fiscalizadoras em seus âmbitos permitem e requerem. Exemplos? Nos casos citados, no que concerne ao acidente de trânsito, fiscalizando o mesmo com mais rigor, inicialmente não renovando licença para circulação de veículos sem condições de segurança , bem como destinando um olhar mais severo e disciplinador para motoristas embriagados, agressivos e com outros tipos de condutas inadequadas no trânsito. As Autoridades precisam fazer valer, através do uso para os fins que foram propostos, cada centavo dos investimentos milionários que fazem na aquisição e implantação de câmeras de segurança. No caso dos acidentes aéreos, fiscalizando as condições de uso das aeronaves, carga compatível, combustível utilizado, piloto, pistas de pousos e decolagens, etc. Ou seja, como foi dito, agir preventivamente, nada mais do que isso. Fazer o que tem de ser feito, por obrigação de fazer. Afinal, todos são remunerados para tanto, ou não?
Muitos pais, mães, avós, filhos, amigos e parentes, seriam mais felizes (ou menos tristes) por não conviverem com a dor da perda de entes queridos, quer seja por negligência, omissão e/ou incompetência das Autoridades.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sua Majestade, O CLIENTE.


Nos últimos dias tive várias notícias que selecionei para comentar, tipo a entrega do Imposto de Renda do contribuinte, os campeonatos vencidos pelo Flamengo e do Corínthians, a farra com os recursos do programa Bolsa Família, etc. Embora todas tenham passado do tempo, uma em especial não posso me furtar a emitir um comentário, por mínimo que seja. Refiro-me ao caso das alíquotas do Imposto de Renda estabelecidas para as pessoas físicas, que nosso atual Presidente, enquanto ainda não o era, cansou de alardear que iria reduzir substancialmente, se eleito fosse. Eu acreditei.
Voltando ao assunto da presente postagem, casuísticamente, conforme denúncia que lerão no final da presente postagem, vou falar sobre “Sua Majestade, o CLIENTE.”
Começo indagando: você acha adequado uma empresa, pública ou privada, investir recursos com organização, informatização, treinamento de seu pessoal e publicidade, e o Cliente não receber um bom atendimento quando a procura? Parece óbvio que não. No entanto, em nosso país, lamentavelmente é mais comum do que se imagina.
Diversos estudos sobre o tema circulam pela internet, formulados por pesquisadores, firmas de consultoria, órgãos públicos e privados, bem como organizações não-governamentais. Vou me ater aos diagnósticos que se referem aos motivos pelos quais se perde um Cliente e a divulgação (positiva ou negativa) do mesmo sobre a qualidade do serviço que lhe foi prestado, ou do produto que adquiriu.
O primeiro tenta responder a indagação Por que se perde um cliente ?
A resposta, obtida por pesquisa, estabeleceu que:
. 1% por falecimento;
. 5% por mudança de endereço;
. 5% por amizade comerciais;
. 10% por maiores vantagens em outras organizações;
. 14% por reclamações não atendidas;
. 65% por indiferença do pessoal que os atende.
Ou seja, a imbatível combinação de reclamações não atendidas com indiferença no atendimento responde por quase 80% dos motivos que levam o Cliente ao patamar do desespero.
O segundo estudo, que trata da divulgação verbal pelo Cliente do que lhe é ofertado como produto ou serviço, demonstra que:
. Cliente satisfeito fala para mais 04 (quatro);
. Cliente insatisfeito fala para mais 25 (vinte e cinco).
Uma conclusão que chegamos é que as pessoas não estão acostumadas a falar bem dos outros. Precisamos estimulá-las. Outra, é que o nível dos produtos e serviços precisa melhorar, e muito, para atender ao Cliente, cada vez mais exigente.
Quando alguém me pergunta como os Clientes gostariam de ser tratados, respondo:
1-COM RAPIDEZ, onde suas necessidades sejam atendidas sem demora;
2-COM CORTESIA, onde em todas as situações prevaleça o respeito e a educação;
3-COM HONESTIDADE, onde tenha certeza que as promessas serão cumpridas;
4-COM PROFISSIONALISMO, onde observe competência naquilo que fazem;
5- COM INTERESSE, onde perceba vontade em querer ajudá-los.
6- COMO PESSOAS ESPECIAIS, onde se sinta importante e valorizado.
Algo muito incomum de se observar no nosso cotidiano, não é verdade?
Exemplificando, adquiri uma massa para pizza em um supermercado de Volta Redonda. Dias após, ao retirar a massa para prepará-la para consumo reparei algumas manchas esverdeadas sobre a superfície interna da embalagem. Observando melhor, ficou evidente que a mesma tinha algum problema e preferi não abrir a embalagem, cuja data de validade apontava para uma data de vencimento para 14 dias após o momento em que verifiquei o problema. A partir daí, iniciei minha via crucis de Cliente. Primeiro tentei contato junto ao fabricante, pelo e-mail que constava na embalagem. Como a resposta não veio, enviei outros e-mails para o SEBRAE, já que o produto é ganhador do prêmio “SESI Qualidade no Trabalho de 2003/2004/2005/2006”, Vigilância Sanitária, bem como ao setor responsável pelo assunto do programa FANTÁSTICO, da Rede Globo de televisão. Não sei se algum deles colaborou, o fato é que o fabricante, Massas BÉRGAMO, respondeu o contato alegando que o problema era oriundo da má conservação no supermercado. E só, nada mais a declarar. O Supermercado em questão, através de um de seus “Gerentes”, a partir daí, manteve contato por e-mail, acatando o erro na conservação do produto e dizendo que “faria de tudo que estivesse ao seu alcance para reparar o erro”. Ficou de entrar em contato, e nunca mais ouvi falar dele. O tempo passou, em confiança continuei a comprar no Supermercado, até que um novo problema me tirou do sério. Dessa vez, um litro de leite da marca PARMALAT, com prazo de validade para meses adiante, ao ser aberto encontrava-se em estado deplorável, sem a menor condição de consumo. Mais uma vez procurei o Supermercado, dessa vez com o produto (leite) na mão. Lá chegando, ao pedir para falar com o “Gerente”, fui atendido por outros dois rapazes que me informaram que, juntamente com o que não se encontrava (que me enviou o e-mail assumindo o erro do Supermercado), compunham o trio de “Gerentes” do estabelecimento. Expliquei pacientemente o que vinha ocorrendo, relatando os casos da massa de pizza, do leite (que deixei com eles com a devida testemunha), bem como que vinha observando que pacotes de feijão e arroz, fechados e estocados na minha despensa, apresentavam bichos, por dentro, passeando por entre os grãos. Bem, os dois ouviram a mim e a minha testemunha, se comprometendo a repassar o caso para o “Gerente” ausente, que deveria nos contatar o mais breve possível. Chegaram a propor simplesmente a troca dos produtos estragados. Aparentaram um grande alívio quando deixei com eles o pacote de leite deteriorado. De lá para cá, já transcorreu cerca de um mês, e nenhum contato foi estabelecido por eles. Não devem saber, tenho tudo fotografado, com datas nas fotos e nos prazos de validade. Ah, tenho também as respectivas Notas Fiscais, com dia e hora das compras dos produtos citados. E a massa da pizza também está armazenada comigo, para o caso de precisar mostrar.
Lamento, quando inauguraram o Supermercado em questão, localizado no caminho de minha residência, com boas ofertas, com bom estacionamento, imaginei que ali seria perfeito para minhas compras semanais. Talvez por isso tenha insistido tanto com eles. Como Cliente, esperava atenção e atitudes que, infelizmente, não existiram.
O nome do Supermercado que vende produtos estragados por má conservação vou estar falando agora para bem mais de 25 pessoas. Por mais incrível e insólito que possa parecer é Supermercado MÁXIMO. O dos problemas citados está localizado no Bairro Aterrado, em Volta Redonda. Tem dele também em Barra Mansa e Resende.
Um desabafo como este serve para, como diria o impagável personagem Odorico Paraguaçu, do genial Dias Gomes, “nos deixar com a alma lavada........e enxaguada”. É o que nos resta.
E você, tem sido bem atendido?

domingo, 10 de maio de 2009

PARA SEMPRE, de Carlos Drummond de Andrade.


Por que Deus permite que as mães vão-se embora?

Mãe não tem limite,

é tempo sem hora,

luz que não apaga

quando sopra o vento

e chuva desaba,

veludo escondido

na pele enrugada,

água pura, ar puro,

puro pensamento.

Morrer acontece

com o que é breve e passa

sem deixar vestígio.

Mãe, na sua graça,

é eternidade.

Por que Deus se lembra

- mistério profundo -

de tirá-la um dia?

Fosse eu Rei do Mundo,

baixava uma lei:

Mãe não morre nunca,

mãe ficará sempre

junto de seu filho

e ele, velho embora,

será pequenino

feito grão de milho.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Agências Reguladoras no Brasil. Para quem?


Depois de uma estafante, porém, Graças a DEUS, gloriosa semana de trabalho, estou de volta para falar sobre uma questão que há muito tempo está entalada em minha garganta: o funcionamento das Agências Reguladoras no país.
As Agências Reguladoras, base da Administração Pública nos EUA há mais de um século, foram inseridas no Brasil no contexto da Lei 9.491/97 que instituiu o Programa Nacional de Desestatização, cujo propósito fundamental era reajustar a posição do Estado na economia, atuando na regulação de mercados de serviços públicos monopolizados, dos setores de energia elétrica, telecomunicações, saneamento básico, transportes e petróleo, transferindo à iniciativa privada toda e qualquer atividade que pudesse por ela ser executada, resguardada, evidentemente, a expectativa de um melhor atendimento (e proveito) que o usual, ao interesse coletivo.
Assim, o alcance do objetivo da constituição de um mercado preparado para a competição foi concebido sob a suposta proteção do planejamento, fiscalização e controle promovidos pelas Agências Reguladoras, sendo, a partir daí, privatizados bens públicos e fornecidas diversas concessões de serviços públicos em todo país.
Nesse contexto, o que importa responder é: no que a implantação da estratégia do governo federal contribuiu para melhorar a vida do cidadão comum?
Peguemos como exemplo a questão das concessões para exploração das rodovias. Mais especificamente, analisemos todo o contexto e os desdobramentos futuros que ocorreram com a Rodovia Presidente Dutra, uma das mais importantes do país, elo de ligação dos dois maiores mercados consumidores do país, o Rio de Janeiro e São Paulo, administrada, desde 1996, pela Concessionária da Rodovia Presidente Dutra S/A, a Nova Dutra.
Recordo que o cenário que antecedeu a concessão era de desespero para os que trafegavam pela rodovia. Em alguns trechos na baixada fluminense os buracos (enormes) se multiplicavam de uma forma impressionante a cada dia. Quem transitava diariamente pela rodovia, como eu, identificava perfeitamente o crescimento de novas imperfeições no que restava da pista. E o governo federal não tomava nenhuma providência. A situação chegou a tal ponto, que ao se ventilar a questão da concessão, mesmo com pagamento de pedágio, os usuários se consolaram com a possibilidade de transitar em situações melhores, aceitando passivamente a solução. Buracos antes, pedágio depois.
A teoria do caos utilizada pelo governo federal no caso das estradas de rodagem, ou seja, evidenciar a percepção que tudo pode piorar, funcionou perfeitamente. Volto a dizer, as pessoas receberam com resignação e alívio a solução da concessão.
O que não se soube no início, mas causou indignação aos bem informados depois, foi saber que alguns meses após o final da concorrência pública, a empresa vencedora obteve um empréstimo, a juros subsidiados, junto ao BNDES, de centenas de milhões de reais, coincidentemente (?) equivalente aos valores financeiros necessários para executar as reformas iniciais na estrada e construir as “praças de pedágio”.
E o pior ainda estava por vir e, de fato, veio, ao que parece para ficar: um dos maiores valores de pedágio do mundo, em relação ao poder aquisitivo da população usuária. Ao que parece, a Lei que garantia o equilíbrio econômico-financeiro às concessões foi interpretada ao pé-da-letra em favor da concessionária, causando, aí sim, desequilíbrio ao bolso do cidadão.
No entanto, há quem possa lembrar que a Agência Reguladora do caso em questão não havia sequer sido ainda criada, ao que irei contrapor, mais um vício na origem do que deveria ser observado como um sistema, e não isoladamente. Que não seja da competência de qualquer Agência Reguladora o papel de formulação de políticas setoriais não se discute. Muito menos, que as Agências devam ter como função básica a proteção do consumidor, garantindo livre escolha, o abastecimento e preços acessíveis ou compatíveis. Agora, daí a criar a Agência somente após as licitações, sem que as mesmas tenham o envolvimento ao opinar sobre as cláusulas previstas no respectivo EDITAL, sobretudo, no que concerne a penalidades aplicadas às inobservâncias do que foi previsto no mesmo, vai uma distância muito grande.
Para não parecer injusto, outros tantos exemplos de negligência ou omissão podem ser listados em outras Agências, de outros setores. Por exemplo, quem não se recorda da crise dos aeroportos, confusão e estresse a que foram submetidas milhares de pessoas que não conseguiram embarcar nos aeroportos rumo aos seus destinos, em momentos de feriados e datas especiais? O que dizer da crueldade dos casos dos remédios falsificados vendidos ou doados para pessoas com graves doenças? E o preço dos combustíveis no país? As constantes notícias de adulteração dos mesmos por pessoas inescrupulosas? E a telefonia, em especial as operadoras de celulares, campeãs de reclamações nos órgãos ditos de proteção aos consumidores? E os aumentos abusivos e descasos com pacientes proprietários de Planos de Saúde?
Alguém já viu, ou teve acesso à notícia verídica, de ação enérgica e moralizadora de alguma Agência Reguladora na defesa do interesse do cidadão? Já repararam que sempre que uma notícia grave afeta a alguma Agência Reguladora é publicada na mídia logo surge a informação de que a empresa que deu causa será multada? Alguém teve notícia de que alguma multa de monta foi aplicada, ou que alguma empresa multada aceitou o erro, pagou, e procurou resolver as verdadeiras causas do problema?
Bem, para os que não sabem, existe hoje criada e em funcionamento uma Agência Reguladora para cada exemplo acima citado, a saber:
. Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT;
. Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL;
. Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL;
. Agência Nacional do Cinema - ANCINE;
. Agência Nacional do Petróleo - ANP;
. Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC;
. Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ;
. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA;
. Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS;
. Agência Nacional de Águas - ANA.
Como podem observar, muita Agência para pouco resultado prático para o cidadão.
Você acha que a atuação delas tem garantido que os direitos do cidadão não estejam sendo lesados?
Baseados em experiências semelhantes internacionais, alguns estudos vêm sendo elaborados no sentido de promover uma reforma nas Agências Reguladoras do Brasil. Fundamentado nas necessidades de independência, transparência, delimitação precisa de competência, autonomia financeira e gerencial e excelência técnica, atributos fundamentais para prestação de um serviço de qualidade por uma Agência Reguladora, já foram propostas, dentre outras, as seguintes medidas saneadoras, como se fossem DIREITOS para os operadores das Agências:
. Criação da Agência somente através de Lei, nunca por Decreto ou Medida Provisória;
. Direção através de colegiado;
. Hipóteses restritas e pré-determinadas nas quais os diretores de Agências possam ser removidos;
. Disponibilidade de capital humano suficiente, devidamente capacitado, para desempenho de suas funções;
. Promoção de audiências públicas.
Por outro lado, como DEVER para com o cidadão , importante estabelecer na estrutura de funcionamento das Agências:
. Decisão dos reguladores passível de recurso;
. Possibilidade de remoção dos diretores da Agência em casos de comprovada incompetência ou má conduta;
. Transparência no processo de decisão da Agência;
. Publicação de Relatório Anual.
Em resumo, as Agências Reguladoras podem ser úteis, desde que não percam o foco no seu cliente preferencial, o cidadão, e tenham a noção exata de que devem existir para implementar as políticas setoriais.
No entanto, para que possam cumprir sua verdadeira MISSÃO, as Agências Reguladoras devem ser fiscalizadas pela população e, como vimos, necessitam de MUDANÇAS em sua estrutura de funcionamento.
Assim, a constatação final a qual nos remetemos é que se o nível de mobilização da população é baixo, a velocidade com que ocorrerão as MUDANÇAS também será baixa. Ou seja, ou nos mobilizamos, ou vamos continuar acumulando amarguras em nosso COTIDIANO.
DEPENDE DE NÓS.......

domingo, 12 de abril de 2009

O comércio de Ovos de Páscoa e a verdadeira Páscoa

O comércio de ovos de Páscoa comemorou ontem um acréscimo significativo de 20% de vendas, em comparação ao ano anterior. Qual a relação desse fato com as demais questões de nosso cotidiano? Teria aumentado no mundo a consciência pela morte e ressurreição de JESUS CRISTO?
Lamentavelmente, ao se confrontar as demais notícias, temos a nítida sensação de que não.
Nunca tivemos tantos destaques no mundo versando sobre mazelas humanas produzidas por vícios. Assim como o comércio de ovos de Páscoa, também aumentaram as vendas de armas, drogas de toda espécie e denominações, e bebidas alcoólicas. Apenas o consumo de cigarros parece ter diminuído, depois de intensa campanha promovida pelos órgãos responsáveis pela saúde pública, e após o ato de fumar ter sido declarado mundialmente como politicamente incorreto.
Não creio que a Festa anual dos cristãos, que comemora a ressurreição de Cristo e é celebrada no primeiro domingo depois da lua cheia do equinócio de março, tenha exclusivamente pela sua essência inspirado o aumento no consumo dos ovos de Páscoa. Penso ser mais plausível de se acreditar que tal aumento de consumo esteja relacionado ao efeito apregoado ao chocolate na diminuição dos efeitos da depressão. E afinal, numa sociedade que só se fala em CRISE e seus efeitos decorrentes, está provado que o chocolate pode mesmo atuar como um lenitivo.
Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade.
Na semana passada as principais manchetes do futebol foram ocupadas por um desabafo de um jogador de prestígio internacional dizendo que pretende dar um tempo com a vida profissional e tentar reencontrar a felicidade na favela onde nasceu. Outro, não menos famoso, meses atrás se envolveu em escândalo sexual.
O que os dois têm em comum além de serem jogadores de futebol de categoria internacional, saudáveis e ricas?
A resposta é que os dois precisam experimentar suas passagens. Precisam de algo que realmente justifique suas existências, que traga sentido para suas vidas. Precisam de vida nova, renovação e restabelecimento. Nesse sentido, nada melhor que a ressurreição de CRISTO para simbolizar o caminho e a passagem que precisa ser efetuada.
Que os OVOS DE PÁSCOA muito mais que enriquecer os fabricantes e distribuidores e muito mais que contribuir com o chocolate para diminuir a depressão das pessoas, simbolizem FÉ e ESPERANÇA a todos aqueles que neste momento padecem com os vícios de pessoas amadas, mas crêem firmemente que elas ao aceitarem JESUS em suas vidas, de infelizes e oprimidas sentirão a verdadeira passagem e a libertação para uma nova existência.
AMÉM !

sábado, 4 de abril de 2009

Tá com medo, tabaréu?...


..É de linha de carretel! Assim gritavam os moleques que povoaram minha infância no subúrbio de Marechal Hermes, no Rio de Janeiro, toda vez que ostentavam no ar uma boa pipa, com linha nova, de carretel, sem emendas, com cerol “bala” aplicado (mistura de vidro moído com cola de madeira derretida no fogão), ou seja, mais resistente para as acrobacias dos cruzamentos contra as pipas de rivais. Era como um grito de guerra, um chamamento para o duelo quando os outros tentavam se esquivar e fugir, arriando ou desviando suas pipas da perseguição do caçador implacável. Era um ato tão orgulhoso que não suportava blefe. Quem gritava apregoando estar forte, geralmente estava. Quem pagava para ver geralmente se danava, e perdia sua pipa.
Dias atrás, conversando sobre isso com um amigo e colaborador, ele ousou definir a expressão “tabaréu” (alguns dizem “cambaréu”) como cambada, o que faz muito sentido, uma vez que o grito tinha como endereço uma cambada (no sentido de coletivo) de moleques.
Definições a parte, emergem as lembranças de minha infância saudável e feliz. Um tempo em que as “cambadas” se divertiam, além de soltar e correr atrás de “pipa avoada”, jogando bola nas ruas, sobre o paralelepípedo, em meio aos ônibus que passavam, quando a pelada não cumpria seu acordo ético de parar o jogo. Tempo de jogar peão, bola de gude, brincar de carniça, da magia de tentar alcançar o mais alto ponto do céu fazendo e soltando balões, de andar de bicicleta, de se arrumar aos domingos para paquerar em busca da primeira namorada. Tudo na mais pura inocência, exceto o cerol e os balões, para os quais ainda não tínhamos a consciência exata sobre os danos que poderiam ocasionar para outras pessoas. Nada comparado, no entanto, aos perigos que estão expostas as crianças de hoje através da utilização maciça e quase exclusiva de seus tempos livres dedicados a internet, em especial, aos jogos (games) que cultuam a violência.
Neste exato instante que escrevo esta postagem, milhares de crianças pobres que não possuem computador em casa estão lotando as lan houses, em busca de um confronto muito mais perigoso e brutal que o incitado outrora pelas disputas por pipas de bambu, linha e papel fino. Jogos como os que me refiro, foram (e ainda são) capazes de treinarem qualquer adolescente em tática e estratégia de combate, com manuseio (virtual) de armas letais. Neles, apontam estudos, se inspiraram jovens com personalidade psicopata para matarem dezenas de pessoas, e se suicidarem. De tempos em tempos, em intervalos lamentavelmente cada vez mais curtos, uma nova manchete sobre o assunto é destacada na mídia.
Em 2008, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul impediu a importação do jogo eletrônico Bully, game em que o protagonista, um adolescente de 15 anos, pretende se consolidar como o valentão da escola onde estuda. A partir daí, além das brigas, cria pequenas bombas, dentre outros exemplos. Meses antes, a Justiça Federal de Minas Gerais havia proibido a comercialização da série Counter-Strike, no qual é simulado um confronto entre policiais e traficantes em uma favela.
Na sociedade do conhecimento, onde a informação é tida como o bem mais valioso para o ser humano, parece não haver tempo para se parar e medir os reflexos (os efeitos) que tal situação já está gerando para a sociedade. Ou será que é impossível associar, por exemplo, que as gangues que se enfrentam com todo o tipo de arma todos os domingos nos estádios de futebol, trazendo terror e espalhando horror nas pessoas de bem que só querem ir aos estádios para se divertirem, têm em seus integrantes adeptos incondicionais de tais jogos?
É evidente que os games que disseminam a violência não são, exclusivamente, responsáveis por todas as mazelas da juventude contemporânea, mais até prova em contrário, para mim estão no topo da lista das supostas causas, e como tal, merecem uma atenção especial por parte dos educadores (pais e professores) e dos governantes, em todas as esferas públicas, sejam elas federais, estaduais ou municipais. Quanto mais fecharmos os olhos sobre a questão, mais alimentaremos o processo de perpetuação de seus efeitos que podem ser extremamente danosos.
No entanto, há quem não pense assim. Existem estudiosos, donos de lan house e psiquiatra especializado em infância e juventude que defendem que os videogames não determinam se a pessoa será mais ou menos violenta. Será? Não é o que pensa o deputado estadual Kalil Sehbe, do Rio Grande do Sul, autor de Projeto de Lei aprovada em fevereiro de 2009 que proíbe a utilização de games como os citados em lan houses, lojas de informática ou estabelecimentos similares no Estado, ao que consta carecendo ainda de regulamentação para ser sancionada pela governadora Yeda Crusius. O deputado revelou que a iniciativa do Projeto de Lei ocorreu face aos inúmeros pedidos encaminhados por pais preocupados com o comportamento dos filhos.
E você, o que pensa sobre o assunto? Tá ligado?

segunda-feira, 30 de março de 2009

A SELEÇÃO PERDEU O ENCANTO...



A Seleção Brasileira de Futebol jogou (?) ontem contra a Seleção do Equador pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. Nem parece. Outrora mobilizadora da atenção de milhões de brasileiros, a Seleção parece ter perdido o encanto. Eu mesmo, não consegui assistir a todo o jogo.
Mas, o que nos levou ao estado de indiferença com a Seleção Brasileira de Futebol, verdadeiro patrimônio nacional? Considerando que indiferença é efeito, quais seriam as verdadeiras causas?
Em um universo de personagens e protagonistas de difícil dimensionamento, tamanha quantidade, três se destacaram e tem muito a ver com o estado de penúria do futebol do país e, por extensão, dos grandes clubes brasileiros, a maioria endividados e sem luz ao final do túnel. Refiro-me aos senhores João Havelange, Edson Arantes do Nascimento (Pelé) e Ricardo Teixeira. O primeiro assistiu, como presidente da FIFA, durante vinte e quatro anos o Brasil não vencer uma Copa do Mundo sequer, o que aliás convinha para sua manutenção no cargo, daí não saber se o trato como pé-frio, ou sortudo. Ah, teve ainda o pecado de eleger seu então genro, Ricardo Teixeira, presidente na CBF, onde o mesmo permanece até hoje, apesar da tentativa frustrada da “CPI do Futebol”. Ricardo é, sem a menor dúvida, um dos responsáveis pela perda do encantamento que a Seleção produzia no povo. Ao marcar amistosos para a Seleção com outras seleções inexpressivas; ao não adequar o calendário do nosso futebol à nossa realidade, permitindo, assim, que os clubes de todo o mundo em pré-temporada, sobretudo os europeus, venham aqui com nosso Campeonato Brasileiro já iniciado e tirem de nós os nossos melhores jogadores; ao insistir em manter no cargo um treinador tosco como o Dunga; contribui para ruína de nossa imagem. Por último, deixei o Edson Arantes do Nascimento. Refiro-me ao Edson, empresário da globalização do futebol, que assim como a da economia foi ótima para os ricos e péssima para os pobres. Não me refiro ao jogador de futebol Pelé, capaz de jogadas tão fantásticas que nem a genialidade de Maradona ousou copiar. Aquele mesmo que Romário um dia disse que era “um poeta com a boca fechada”. Como gostaria de estar falando agora bem dele. No entanto, desde a implantação da lei que levou seu apelido, os nossos grandes clubes nunca mais foram os mesmos. Extirpando a “Lei do Passe”, que mantinha vinculado o jogador ao clube com que tinha contrato e forçava a negociação entre clubes, e pagamento pelo clube comprador de valor ao clube cedente a título de compra do passe do atleta, a nova lei abriu espaços para fortalecimento inimaginável anteriormente à figura de parasitas do esporte, os “empresários de jogador”. Perderam os clubes brasileiros, e perderam muito, mas ganharam, muito também, demasiadamente, os empresários e jogadores. A nova “profissão”, empresário de jogador, tão necessária aos propósitos escusos dos times europeus, foi logo apadrinhada pela federação internacional que se apressou em criar a categoria “Agente FIFA”, com carteirinha e tudo. A partir daí os clubes europeus, principalmente, deitam e rolam levando de nós qualquer jogador que desponte e revele algum talento. Compram as rescisões dos contratos por ninharias em comparação a fortuna que fazem após com transações no mercado interno com nossos jogadores. Sem falar no patrocínio que arrecadam de empresas multinacionais que poderiam anunciar aqui, por exibirem os melhores campeonatos de clubes do mundo, recheados, dentre outros, de jogadores brasileiros.
Enquanto isso, por aqui no Brasil, os clubes estão minguando e os campeonatos cada vez mais contam cada vez menos com jogadores de talento. Os melhores jogadores de nossos times, em geral, ou estão abaixo dos 20 anos ou acima dos 30, ou seja, fora do mercado europeu. O que é bom, dos 20 aos 30, dificilmente estará por aqui vestindo a camisa de um time brasileiro. Não é por acaso que a torcida brasileira não acompanha mais com a ansiedade de outrora a convocação dos jogadores da seleção. Pouquíssimos jogam por aqui, defendem a camisa de clubes daqui. Não é por acaso que nos últimos anos diversos grandes clubes como Botafogo, Palmeiras, Grêmio, Portuguesa, Atlético Mineiro, Corinthians e neste ano o Vasco da Gama, amargaram ou amargam passagens pela segunda divisão do futebol brasileiro. Infelizmente, não vai parar por aí. Ao final do ano veremos mais quatro clubes rebaixados e, provavelmente, outro grande clube brasileiro deverá estar indo para a segunda divisão. Triste sina.
Assim, se vislumbra que os três senhores citados acima têm influência direta nisso tudo que está acontecendo com nosso futebol.
Nesse contexto, o que esperar da Seleção Brasileira de Futebol, senão um grupo de jogadores, com honrosas exceções, deslumbrados e não preparados para a fama, que se reúnem de tempos em tempos, não para honrarem as tradições da camisa gloriosa que vestem, mas sim para se reverem, baterem uma bolinha (cada vez mais “inha”), cantar e tocar um pagodinho. Uma farra de um grupo de pessoas abençoadas que preferem o “ter” ao “ser” e que não têm noção exata do que representam, ou poderiam representar, para uma legião de meninos pobres que sonham ser como eles, cada vez mais sepultando os estudos, cada vez mais com o apoio das famílias, que vêem neles a possibilidade de um final feliz para suas mazelas.
Me pego pensando se falei tudo que me angustiava sobre o assunto, e descubro que tudo que falei não é nada que uma vitória no próximo jogo não apague da memória do torcedor o que foi dito.
BRASIL...IL...IL...IL...

quarta-feira, 25 de março de 2009

CSN pode demitir mais 1.800 trabalhadores

É o que foi publicado no sábado (21/03/2009), em jornal de Volta Redonda. A matéria está centrada no anúncio, pela CSN, de encerramento de negociação junto ao Sindicato dos Metalúrgicos.
Cada um no seu quadrado, ambos alegam ter razão na pendenga. Do outro lado, na berlinda, os trabalhadores aguardam o desfecho do caso, atentos para as 1.140 demissões ocorridas recentemente, segundo contabilização do Sindicato.
A CSN alega que o presidente do Sindicato está politizando a pendenga; banalizando o uso do nome da Igreja Católica na negociação; que ele não é prático; que por quatro meses rejeitou as propostas anticrise da companhia; não atendeu ligações telefônicas do Diretor-Executivo de Operações e do presidente da empresa e, ainda, o acusa de quebra de confiança com informações financeiras estratégicas reveladas em reuniões. Por sua parte, o presidente do Sindicato responde acusando o presidente da CSN de mentir ao presidente da Alerj quando alegou falta de entendimento junto à entidade, e ameaça processá-lo por irresponsabilidade social caso ele venha a “praticar um ato insano de demitir 1.800 trabalhadores”. No entanto, confessa seu blefe, ao informar que tentou vencer a CSN pelo cansaço, levando a negociação até a exaustão.
As perguntas que não querem calar:
1 - A crise já atingiu a CSN?
2 - Os Sindicatos das bases de Minas, São Paulo e Paraná, estados onde a CSN tem unidades, realmente cederam amigavelmente aos argumentos de crise, apresentados pela companhia?
3 - O Sindicato deveria aceitar a proposta da CSN de garantia da estabilidade do emprego dos trabalhadores, por 12 meses?
4 - Se tivesse aceitado a proposta inicial da CSN, em Dezembro do ano passado, o Sindicato teria evitado as 1.140 demissões ocorridas nos últimos meses?
5 - A CSN está mesmo com estoques de aço acima do limite, e vai levar a risca sua ameaça e anunciar novos “ajustes” no próximo dia 29?
Caso as respostas para as duas perguntas iniciais sejam “SIM”, seria prudente adotar a mesma resposta para a terceira, uma vez que em tempos de crise a primeira recomendação sensata é a de preservar os empregos. Alguns analistas financeiros internacionais estão prevendo que os americanos só se recuperarão da crise atual por volta de 2011.
Se “SIM” também é a resposta correta para a quarta pergunta, como apregoa a diretoria da CSN, então os representantes do Sindicato têm muito que explicar aos demitidos sobre a estratégia e tática de negociação que estão utilizando.
Já a resposta para a quinta pergunta, se o presidente do Sindicato intimamente tem dúvidas, quanto à resposta certa, não deve pagar para ver. Pode não ser blefe. E o que está em jogo não é uma partida de pôquer. É o futuro de representantes de 1.800 famílias.
Outro ingrediente preocupante é que os antecedentes da questão, ou seja, desentendimentos da direção da CSN com autoridades locais podem remontar a 2004. Naquela época, mais precisamente em meados do mês de Setembro, próximo ao final da campanha eleitoral que indicaria o chefe do executivo de Volta Redonda para o próximo quadriênio, Benjamin Steinbruch veio a público em almoço com empresários em Volta Redonda, e posterior coletiva de imprensa na sede da Associação de Aposentados, manifestar todo seu descontentamento junto a Prefeitura Municipal, motivado por questões administrativas promovidas unilateralmente pela mesma, que segundo ele contrariavam os interesses e entendimento legal da CSN. Um dos motivos refere-se à apropriação, por parte do poder público, de áreas de terra da CSN. A esse respeito, Benjamin omitiu o fato que as áreas objeto do litígio (e tantas outras mais), estratégicas para o desenvolvimento urbano da cidade, foram herdadas quando da privatização da empresa. Tivessem as mesmas, no processo de preparação do edital da privatização, sido doadas ao Município, através da União, sob forma de compensação ao passivo ambiental gerado pela empresa ao longo de dezenas de anos de operação, e ele não teria como usar tal argumento. No entanto, a rigor, os dois, Prefeito e executivo da CSN, agiram conforme as lógicas de quem representavam. Um, ao defender o interesse da população e o outro por defender o interesse de seus acionistas. Particularmente, nesse caso do confronto do interesse do capital e o da coletividade, sou francamente favorável ao segundo.
Trechos da citada coletiva de imprensa foram adicionados em forma de vídeo na presente postagem. O propósito de tal adição é meramente para que se observe a confirmação da tese segundo a qual existe há alguns anos um estado de alerta entre a CSN e autoridades de Volta Redonda. Pelo sim, pelo não cumpre observar que o Alto-Forno 4 não saiu do papel, e que decorridos quase cinco anos após a coletiva de imprensa, outro clima de tensão toma conta do ar. Cerca de 1.200 trabalhadores ficaram desempregados. Outros 1.800 podem estar indo pelo mesmo caminho, ignorando-se os reflexos sociais que tais demissões acarretarão para o Município de Volta Redonda, bem como para toda a Região do Sul Fluminense. Os trabalhadores não merecem isso. A cidade e a Região, também não. Não é tempo para os que têm prazer, ou interesse pessoal, em ver o circo pegar fogo, desde que sejam confirmadas suas teorias. É tempo de aproximação entre as partes, promovida pelos interlocutores bem-intencionados. Tempo de se praticar a essência da responsabilidade social. Tempo de se usar os “Cachimbos da Paz”.

Pela manutenção dos empregos, empreguem o DIÁLOGO!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Câmera de monitoramento, segurança ou apenas modismo tecnológico?

Os centros urbanos das maiores cidades da Região do Sul Fluminense são atualmente monitorados através de câmeras de segurança, um modismo que se espalhou pelo mundo, sobretudo após o sucesso da queda da criminalidade em Nova York, no programa da prefeitura local que se tornou mundialmente conhecido como “Tolerância Zero”.
A pergunta que não quer calar é: para o cidadão comum, o que acrescentaram as câmeras para melhoria de sua segurança?
Aparentemente, em nossa Região, muito pouco foi percebido. Basta ler ou ouvir os noticiários das cidades e lá encontrarão diariamente uma série de informações dando conta de roubo ou furto de automóveis, celulares, e outros assaltos, que atentam contra a liberdade do ir e vir do cidadão. Isso, sem falar nas inúmeras infrações no trânsito que testemunhamos, e em outras situações que o cidadão comum é vítima. Se não é o caso, as soluções obtidas carecem de divulgação mais adequada pelos governantes.
Reduzir o uso da câmera ao controle pelas Guardas Municipais locais apenas do patrimônio público, que é a percepção comum para o que vem acontecendo, é restringir seu âmbito de atuação, excluindo do processo aquele que deveria ser o maior beneficiado, o cidadão. Como exemplo do uso correto do sistema implantado, a cidade de CURITIBA mais uma vez fornece um exemplo nacional, agregando ainda mais valor ao seu marketing público. A cidade implantou um projeto de revitalização em áreas do Centro e Setor Histórico que já registraram centenas de ocorrências e levaram, através da Guarda Municipal e policiais militares, dezenas de delinqüentes para prisão, a maior parte por posse, consumo, ou tráfico de drogas, furto ou roubo, porte ilegal de arma, vandalismo ou pichação.A rigor, será que não é isso que o cidadão de bem almeja das autoridades no uso de equipamentos que foram instalados pretensamente com a intenção primordial de garantir sua segurança?

quinta-feira, 12 de março de 2009

O que é ser AMIGO?

Há um tempo atrás, estava pesquisando definições sobre a palavra AMIGO, com o propósito de preparar um slide para uma palestra sobre MOTIVAÇÃO. Estava insatisfeito com as sugestões contidas no Aurélio, e buscava algo de maior conteúdo para expressar o que tecnicamente se convencionou definir como a conjugação dos fatores relativos a companheirismo e proteção. Foi quando uma pessoa muito especial me chamou a atenção quando disse: “Jorge, para mim AMIGO é quem sabe conviver com nosso SUCESSO”. De fato, sábia definição que justifica porque nosso rol de amizades se inicia com nossos pais. Ninguém mais do que eles almeja nosso SUCESSO. Conviver com o SUCESSO alheio não é virtude para qualquer pessoa. Às vezes, até mesmo entre irmãos rola uma invejazinha nem sempre contida, não é verdade? Adotei a definição por um bom tempo.
Tempos após, numa nova conversa sobre amizade, outro AMIGO ao ouvir minha definição sobre a palavra discordou fraternalmente me dizendo que antes poderia até pensar dessa forma, no entanto, ao passar por uma crise profissional e ficar bom tempo desempregado percebeu, na pele, o outro lado da questão. Percebeu que todos aqueles que estiveram junto a ele enquanto desfrutava de prestígio e SUCESSO, haviam desaparecido de seu redor. Não os culpou, entendeu que não era boa companhia naquela fase, embora tudo que desejasse naqueles momentos era justamente de companhia. No caso, os amigos souberam conviver bem com seu SUCESSO, porém, não souberam, da mesma forma, conviver com seu FRACASSO. Segundo ele, imagina que não o procuraram por não saber o que lhe dizer, não saberem consolar. Isso mudou o meu modo de pensar e, ao invés do ponto ao final na definição que havia adotado, coloquei uma vírgula e acrescentei: “AMIGO é quem sabe conviver com nosso SUCESSO, e nos consolar em nossos FRACASSOS”.
E você, tem um AMIGO (A) assim? Se tiver, não o perca de vista. Diria que você tem uma jóia preciosa em suas mãos, algo pouco comum em nossos tempos modernos.
E para manter uma amizade, vai uma dica escrita na mesa de reunião de um AMIGO: “Para preservar uma AMIZADE é necessário HONRÁ-LA quando PRESENTE; LOUVÁ-LA quando AUSENTE e SOCORRÊ-LA quando CARENTE”.
Você concorda?
Imagino que tenhamos algo em comum, ou seja, a convicção, conforme já decretou o poeta, de que “AMIGO é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito, dentro do coração...”.
Bem, para finalizar deixo postado um vídeo que uma grande AMIGA me enviou para me alegrar num recente final de semana. A palavra-chave do vídeo é TALENTO, mas isso já é outra estória. Sem reticências, simplesmente FANTÁSTICO.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Quatis, Cidade Educadora!

É com grande prazer que inauguro este espaço, apresentando a idéia-força mais desafiadora e encantadora que me envolvi em mais de duas décadas de atuação no serviço público, em municípios da Região do Sul Fluminense. Reporto-me a implementação de ações que direcionem o município de Quatis ao reconhecimento do seu público interno - o cidadão munícipe – e externo – o cidadão da região, do país e do mundo – como uma Cidade Educadora.
Cidade Educadora, no sentido de: preparar suas crianças, jovens, adultos e idosos para uma convivência cotidiana mais harmoniosa e feliz, com oportunidades que suplantem as ameaças inerentes ao ato de viver; propiciar ao seu povo o pleno conhecimento de sua cultura, seus valores e suas tradições, garantindo sua perpetuação e divulgação; fornecer conhecimento das origens de seu patrimônio histórico, garantindo sua preservação; difundir informações da magnitude privilegiada de seu ecossistema natural, garantindo sua existência perante os indesejáveis efeitos ambientais globais, devastadores; promover adequações dos espaços urbanos públicos aos portadores de necessidades especiais; oportunizar às crianças e jovens um ensino público de qualidade, bem como a prática de esporte e lazer em espaços adequados. Cidade Educadora, no sentido de preparar seus cidadãos para o mercado de trabalho local e regional e o seu envolvimento com a preservação do meio ambiente, por um ambiente inteiro.
Parabéns ao prefeito José Laerte D’Elias pela coragem e perseverança em pautar sua agenda de governo em ações pró-educação.
A idéia-força “QUATIS, Cidade Educadora”, com a implantação das ações que estão sendo planejadas, em breve se constituirá no eixo estruturante central do governo, interagindo de forma transversal em todas as Secretarias Municipais.
Educação como princípio, como meio e como fim.
Semear agora, para colher no futuro.
Que a colheita seja da melhor qualidade!

Uma palavra de fé

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16