domingo, 31 de maio de 2009

Autoridades competentes?....Nem tanto!



Nos últimos dias os noticiários dos telejornais e páginas principais dos provedores do país focaram em notícias que tinham um ponto em comum, ou seja, a negligência, omissão e/ou incompetência das Autoridades constituídas.
Refiro-me ao caso do jovem embriagado, deputado federal, que em Curitiba vitimou pessoas no trânsito e deu origem, no domingo passado, a uma grande passeata com posição contrária às regalias de sua imunidade parlamentar, impedimento para que se faça justiça no caso.
Refiro-me, também, ao acidente de avião que vitimou mais de uma dezena de pessoas, inclusive crianças. As autoridades dizem que a “caixa preta” será analisada e o resultado das investigações quanto à causa do acidente será obtido em 60 dias. Alguém acredita nisso? Quem se recorda de acidente semelhante ocorrido há alguns meses atrás em que um bimotor conduzia maior quantidade de passageiros e carga do que o permitido, e o piloto ao tentar aterrissar matou todos? Alguém sabe o resultado das investigações? E, por falar em desastre aéreos, como anda o processo relativo à tragédia que os pilotos americanos do Jato Legacy provocaram no avião da GOL que vitimou 154 pessoas?
Talvez nosso COTIDIANO não nos permita dedicar tempo para refletir sobre tais acontecimentos após tomarmos conhecimentos delas através dos usuais 5 dias de sensacionalismo da imprensa. Talvez isso aconteça porque não tenhamos nenhum ente querido contido na lista de óbitos das tragédias.
O que importa, na verdade, é que as Autoridades constituídas sejam realmente competentes, no que é de seu âmbito de atuação. Começar por agir preventivamente seria um excelente começo. Como? Valendo-se do poder de polícia que as atividades fiscalizadoras em seus âmbitos permitem e requerem. Exemplos? Nos casos citados, no que concerne ao acidente de trânsito, fiscalizando o mesmo com mais rigor, inicialmente não renovando licença para circulação de veículos sem condições de segurança , bem como destinando um olhar mais severo e disciplinador para motoristas embriagados, agressivos e com outros tipos de condutas inadequadas no trânsito. As Autoridades precisam fazer valer, através do uso para os fins que foram propostos, cada centavo dos investimentos milionários que fazem na aquisição e implantação de câmeras de segurança. No caso dos acidentes aéreos, fiscalizando as condições de uso das aeronaves, carga compatível, combustível utilizado, piloto, pistas de pousos e decolagens, etc. Ou seja, como foi dito, agir preventivamente, nada mais do que isso. Fazer o que tem de ser feito, por obrigação de fazer. Afinal, todos são remunerados para tanto, ou não?
Muitos pais, mães, avós, filhos, amigos e parentes, seriam mais felizes (ou menos tristes) por não conviverem com a dor da perda de entes queridos, quer seja por negligência, omissão e/ou incompetência das Autoridades.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sua Majestade, O CLIENTE.


Nos últimos dias tive várias notícias que selecionei para comentar, tipo a entrega do Imposto de Renda do contribuinte, os campeonatos vencidos pelo Flamengo e do Corínthians, a farra com os recursos do programa Bolsa Família, etc. Embora todas tenham passado do tempo, uma em especial não posso me furtar a emitir um comentário, por mínimo que seja. Refiro-me ao caso das alíquotas do Imposto de Renda estabelecidas para as pessoas físicas, que nosso atual Presidente, enquanto ainda não o era, cansou de alardear que iria reduzir substancialmente, se eleito fosse. Eu acreditei.
Voltando ao assunto da presente postagem, casuísticamente, conforme denúncia que lerão no final da presente postagem, vou falar sobre “Sua Majestade, o CLIENTE.”
Começo indagando: você acha adequado uma empresa, pública ou privada, investir recursos com organização, informatização, treinamento de seu pessoal e publicidade, e o Cliente não receber um bom atendimento quando a procura? Parece óbvio que não. No entanto, em nosso país, lamentavelmente é mais comum do que se imagina.
Diversos estudos sobre o tema circulam pela internet, formulados por pesquisadores, firmas de consultoria, órgãos públicos e privados, bem como organizações não-governamentais. Vou me ater aos diagnósticos que se referem aos motivos pelos quais se perde um Cliente e a divulgação (positiva ou negativa) do mesmo sobre a qualidade do serviço que lhe foi prestado, ou do produto que adquiriu.
O primeiro tenta responder a indagação Por que se perde um cliente ?
A resposta, obtida por pesquisa, estabeleceu que:
. 1% por falecimento;
. 5% por mudança de endereço;
. 5% por amizade comerciais;
. 10% por maiores vantagens em outras organizações;
. 14% por reclamações não atendidas;
. 65% por indiferença do pessoal que os atende.
Ou seja, a imbatível combinação de reclamações não atendidas com indiferença no atendimento responde por quase 80% dos motivos que levam o Cliente ao patamar do desespero.
O segundo estudo, que trata da divulgação verbal pelo Cliente do que lhe é ofertado como produto ou serviço, demonstra que:
. Cliente satisfeito fala para mais 04 (quatro);
. Cliente insatisfeito fala para mais 25 (vinte e cinco).
Uma conclusão que chegamos é que as pessoas não estão acostumadas a falar bem dos outros. Precisamos estimulá-las. Outra, é que o nível dos produtos e serviços precisa melhorar, e muito, para atender ao Cliente, cada vez mais exigente.
Quando alguém me pergunta como os Clientes gostariam de ser tratados, respondo:
1-COM RAPIDEZ, onde suas necessidades sejam atendidas sem demora;
2-COM CORTESIA, onde em todas as situações prevaleça o respeito e a educação;
3-COM HONESTIDADE, onde tenha certeza que as promessas serão cumpridas;
4-COM PROFISSIONALISMO, onde observe competência naquilo que fazem;
5- COM INTERESSE, onde perceba vontade em querer ajudá-los.
6- COMO PESSOAS ESPECIAIS, onde se sinta importante e valorizado.
Algo muito incomum de se observar no nosso cotidiano, não é verdade?
Exemplificando, adquiri uma massa para pizza em um supermercado de Volta Redonda. Dias após, ao retirar a massa para prepará-la para consumo reparei algumas manchas esverdeadas sobre a superfície interna da embalagem. Observando melhor, ficou evidente que a mesma tinha algum problema e preferi não abrir a embalagem, cuja data de validade apontava para uma data de vencimento para 14 dias após o momento em que verifiquei o problema. A partir daí, iniciei minha via crucis de Cliente. Primeiro tentei contato junto ao fabricante, pelo e-mail que constava na embalagem. Como a resposta não veio, enviei outros e-mails para o SEBRAE, já que o produto é ganhador do prêmio “SESI Qualidade no Trabalho de 2003/2004/2005/2006”, Vigilância Sanitária, bem como ao setor responsável pelo assunto do programa FANTÁSTICO, da Rede Globo de televisão. Não sei se algum deles colaborou, o fato é que o fabricante, Massas BÉRGAMO, respondeu o contato alegando que o problema era oriundo da má conservação no supermercado. E só, nada mais a declarar. O Supermercado em questão, através de um de seus “Gerentes”, a partir daí, manteve contato por e-mail, acatando o erro na conservação do produto e dizendo que “faria de tudo que estivesse ao seu alcance para reparar o erro”. Ficou de entrar em contato, e nunca mais ouvi falar dele. O tempo passou, em confiança continuei a comprar no Supermercado, até que um novo problema me tirou do sério. Dessa vez, um litro de leite da marca PARMALAT, com prazo de validade para meses adiante, ao ser aberto encontrava-se em estado deplorável, sem a menor condição de consumo. Mais uma vez procurei o Supermercado, dessa vez com o produto (leite) na mão. Lá chegando, ao pedir para falar com o “Gerente”, fui atendido por outros dois rapazes que me informaram que, juntamente com o que não se encontrava (que me enviou o e-mail assumindo o erro do Supermercado), compunham o trio de “Gerentes” do estabelecimento. Expliquei pacientemente o que vinha ocorrendo, relatando os casos da massa de pizza, do leite (que deixei com eles com a devida testemunha), bem como que vinha observando que pacotes de feijão e arroz, fechados e estocados na minha despensa, apresentavam bichos, por dentro, passeando por entre os grãos. Bem, os dois ouviram a mim e a minha testemunha, se comprometendo a repassar o caso para o “Gerente” ausente, que deveria nos contatar o mais breve possível. Chegaram a propor simplesmente a troca dos produtos estragados. Aparentaram um grande alívio quando deixei com eles o pacote de leite deteriorado. De lá para cá, já transcorreu cerca de um mês, e nenhum contato foi estabelecido por eles. Não devem saber, tenho tudo fotografado, com datas nas fotos e nos prazos de validade. Ah, tenho também as respectivas Notas Fiscais, com dia e hora das compras dos produtos citados. E a massa da pizza também está armazenada comigo, para o caso de precisar mostrar.
Lamento, quando inauguraram o Supermercado em questão, localizado no caminho de minha residência, com boas ofertas, com bom estacionamento, imaginei que ali seria perfeito para minhas compras semanais. Talvez por isso tenha insistido tanto com eles. Como Cliente, esperava atenção e atitudes que, infelizmente, não existiram.
O nome do Supermercado que vende produtos estragados por má conservação vou estar falando agora para bem mais de 25 pessoas. Por mais incrível e insólito que possa parecer é Supermercado MÁXIMO. O dos problemas citados está localizado no Bairro Aterrado, em Volta Redonda. Tem dele também em Barra Mansa e Resende.
Um desabafo como este serve para, como diria o impagável personagem Odorico Paraguaçu, do genial Dias Gomes, “nos deixar com a alma lavada........e enxaguada”. É o que nos resta.
E você, tem sido bem atendido?

domingo, 10 de maio de 2009

PARA SEMPRE, de Carlos Drummond de Andrade.


Por que Deus permite que as mães vão-se embora?

Mãe não tem limite,

é tempo sem hora,

luz que não apaga

quando sopra o vento

e chuva desaba,

veludo escondido

na pele enrugada,

água pura, ar puro,

puro pensamento.

Morrer acontece

com o que é breve e passa

sem deixar vestígio.

Mãe, na sua graça,

é eternidade.

Por que Deus se lembra

- mistério profundo -

de tirá-la um dia?

Fosse eu Rei do Mundo,

baixava uma lei:

Mãe não morre nunca,

mãe ficará sempre

junto de seu filho

e ele, velho embora,

será pequenino

feito grão de milho.

Uma palavra de fé

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16